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Seguro rural tem oferta escassa para a safra 2022/23

Seguro rural tem oferta escassa para a safra 2022/23
Conteúdo Tutum
jul. 14 - 3 min de leitura
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Segundo Ministério da Agricultura, recursos para subvenção governamental estão chegando ao fim e seguradoras podem parar de oferecer apólices ainda em agosto

A quebra de safra acentuada em diversos estados causou perdas bilionárias à agricultura e provocou um acionamento histórico do seguro rural. O índice de sinistralidade - diferença entre o valor arrecadado com a venda de seguros e o pago em indenizações - atingiu 366% nos quatro primeiros meses do ano e segue elevado, segundo a Susep, um desequilíbrio que já impacta a oferta de seguros agrícolas para o ciclo 2022/23. O resultado é que o produtor deve encontrar menos ofertas disponíveis no mercado e condições diferentes das vistas nos anos anteriores.

“As duas grandes perdas sofridas, especialmente com o milho safrinha e agora com a safra verão, têm feito o mercado de seguro agrícola viver um contexto de oferta limitada de produto devido aos riscos enormes. Somente nos três primeiros meses deste ano, mais de R$ 7 bilhões em indenizações foram pagos aos produtores, por exemplo”, afirma Felipe Caballero, especialista no mercado de seguros, da Agro4U Assessoria e Intermediação.

Ele cita que o produtor rural deve encontrar menos opções de produto e mais restrições de cobertura para contratação de uma apólice em relação às safras passadas. Por isso, orienta que o produtor interessado em proteger sua lavoura não deixe de buscar um produto às vésperas do plantio e tenha em mente as particularidades do novo ciclo.

“O produtor muitas vezes na hora da contratação olha para a proposta com base no histórico da sua produção, mas dado o contexto de mudanças climáticas que estamos vendo, já não basta olhar para trás, é preciso enxergar à frente. Talvez, ao olhar uma proposta agora ele considere a cobertura pouco atrativa, porém é preciso ter em mente que o seguro objetiva repor as perdas ao produtor e não assegurar o lucro da atividade”, explica.

Dentre as modalidades mais procuradas atualmente está o seguro de custeio. Neste produto, o valor de cobertura é vinculado ao empréstimo realizado junto às instituições financeiras para custear as despesas da produção. É importante se atentar à sua disponibilidade, caso haja interesse em um financiamento, pois o seguro é a garantia aos agentes concessores de crédito neste processo.

Outro ponto é a subvenção ao seguro agrícola, que é finita, e quanto mais atrasada a contratação, maiores os riscos do produtor não conseguir acesso ao recurso. Essa semana, o Departamento de Risco Rural do Ministério da Agricultura anunciou que já foram comprometidos mais de 70% dos recursos do PSR (Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural) aprovados para este ano - R$ 900 milhões. E, com isso, além de não haver subvenção suficiente, é possível que as seguradoras que operam o seguro agrícola travem seus sistemas, parando de oferecer apólices para proteção da lavoura de soja e milho a partir de agosto.

É importante que o produtor acompanhe os movimentos e disponibilidade de seguros em sua região, uma vez que muitas podem não ter comercialização de apólices em número suficiente para a futura safra.


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